Vimpocetina

Vimpocetina este medicamento é destinado ao tratamento dos sintomas de deterioração cognitiva relacionados às patologias cerebrovasculares. 2.

Resultados de Eficácia

Em um estudo duplo-cego, placebo controlado, 42 pacientes com disfunção cerebral crônica, receberam 10mg de vimpocetina 3 vezes ao dia por 30 dias e, em seguida, 5 mg por 60 dias.

Placebo foi administrado a outros 42 pacientes durante 90 dias. Os pacientes que utilizaram vimpocetina tiveram melhora significativa em todas as avaliações de efetividade, incluindo medidas de escala de Impressão Clínica Global (ICG), escala de Avaliação Geriátrica Clínica Sandoz (SCAG) e Questionário do Status Minimental (QSMM), e não apresentaram eventos adversos graves durante o tratamento (Balestreri 1987).

Um estudo realizado por Hindmarch, 1991, avaliou a eficácia e tolerância da administração oral de vimpocetina em pacientes que apresentavam psico-síndromes orgânicas leves a moderadas.

165 pacientes, com no mínimo 60 anos de idade, incluídos no estudo duplo-cego, placebo controlado, foram randomizados em três grupos, 56 pacientes receberam 10mg de vimpocetina 3 vezes ao dia, 55 receberam 20mg 3 vezes ao dia e 54 receberam placebo.

Ambos os grupos tratados com vimpocetina tiveram melhoras estatisticamente significantes no desempenho cognitivo, quando comparados ao placebo. 3.

Características Farmacológicos

A vimpocetina é um derivado sintético da vincamina, um alcaloide encontrado na planta Vinca minor L.

Farmacocinética: A vimpocetina é rapidamente absorvida no intestino alcançando concentração máxima (C máx) em aproximadamente 1,5h após sua administração. A biodisponibilidade varia entre 7-57% e está aumentada quando há ingestão simultânea de alimentos (Natural Medicine 2008). A vimpocetina é metabolizada no fígado em ácido apovincamínico (AVA), principal metabólito sem atividade farmacológica aparente (PDR 2008).

Grande parte da dose administrada de vimpocetina é excretada em aproximadamente 24h sob a forma de seu metabólito, por via renal. O tempo de meia-vida da vimpocetina é de 1 a 2h (PDR 2008). Farmacodinâmica: A vimpocetina possui uma ação vasodilatadora seletiva aumentando o fluxo sanguíneo e a oferta de glicose e oxigênio ao cérebro (Balestreri 1987, Bonoczk 2002).

Possui uma atividade neuroprotetora, protegendo o cérebro dos efeitos deletérios das espécies reativas de oxigênio, prevenindo sua formação e a peroxidação lipídica, e evitando a ocorrência de isquemia e/ou hipóxia (Santos 2000). A vimpocetina aumenta a produção de dopamina e noradrenalina, moduladores das funções cognitivas de atenção e de memória, e inibe a fosfodiesterase cíclica responsável pela liberação de noradrenalina e excitabilidade neuronal (Nicholson 1990, Hagiwara 1984). Possui um efeito hemorreológico através da melhora da flexibilidade eritrocitária em situações patológicas e diminuição da agregação plaquetária (Kuzuya 1985, Hayakawa, 1992).


Dr. Alessandro Garcia - Médico Nutrólogo & Ortomolecular
Copacabana, Rio de Janeiro - RJ